O uso dos porquês é um assunto muito discutido e traz muitas dúvidas. Mas, a distinção é menos difícil do que se possa pensar.
Por que trata-se da preposição por, mais o determinante relativo que.
O por que tem dois empregos diferenciados:
1. Quando for a junção da preposição por + pronome interrogativo ou indefinido que, possuirá o significado de "por qual razão" ou "por qual motivo".
Exemplos:
Por que não vais ao cinema? (por qual razão)
Não sei por que não quero ir. (por qual motivo)
2. Quando for a junção da preposição por + pronome relativo que, possuirá o significado de "pelo qual" e poderá ter as flexões: pela qual, pelos quais, pelas quais.
Exemplos:
Sei por que motivo permaneci aqui. (pelo qual)
Porque trata-se da conjunção causal ou explicativa, com valor aproximado de "pois", "uma vez que", "para que".
Exemplos:
Não fui à festa porque tenho que visitar os meus avós. (pois)
Não te metas em sarilhos porque te vais prejudicar. (uma vez que)
Dica: Ao substituir o "por que" ou o "porque" pelas palavras que estão entre parêntesis é muito mais fácil a distinção.
1 comentários:
Cristina: bom e elucidativo post. Muito recentemente levantaram-se-me muitas dúvidas no emprego correcto do “porque” e do “por que”. Com a tua abordagem à questão dissipaste todas as dúvidas que, afinal, confirmam o que eu pensava.
Uma sugestão: seria aconselhável, por motivos óbvios, que mencionasses a(s) fonte(s) do texto que publicaste e que constitui um valioso contributo para o esclarecimento do, talvez, mais controverso uso de palavras da língua portuguesa.
Parabéns, excelente!
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