Existem meninos e meninas que não vêem o mundo como nós. E não estamos a falar de não ver como os cegos, mas sim de não interpretar as coisas como nós fazemos, de não conseguir associar alguém a chorar à dor ou tristeza, ou um riso à alegria, de não conseguir comunicar porque não liga as palavras ao que elas querem dizer. Estes meninos são autistas.
Estes meninos precisam de ajuda para fazer coisas que para nós são simples, não porque não se consigam mexer ou falar, mas porque o cérebro deles não é capaz de processar a informação necessária para fazer estas coisas. Mas existem diversos níveis de autismo, e os meninos com um autismo ligeiro, podem, com ajuda e apoio, aprender a fazer quase tudo e levar uma vida normal.
O autismo é uma disfunção global do desenvolvimento. É uma alteração que afecta a capacidade de comunicação do indivíduo, de estabelecer relacionamentos e de responder apropriadamente ao ambiente — segundo as normas que regulam essas respostas. Esta desordem faz parte de um grupo de síndromes chamado transtorno global do desenvolvimento (TGD), também conhecido como o transtorno invasivo do desenvolvimento (TID).
Algumas crianças, apesar de autistas, apresentam inteligência e fala intactas, outras apresentam sérios retardos no desenvolvimento da linguagem. Alguns parecem fechados e distantes, outros presos a comportamentos restritos e rígidos padrões de comportamento. Os diversos modos de manifestação do autismo também são designados de espectro autista, indicando uma gama de possibilidades dos sintomas do autismo.
Segundo a ASA (Autism Society of American), indivíduos com autismo usualmente exibem pelo menos metade das características listadas a seguir: dificuldade de relacionamento com outras crianças; riso inapropriado; pouco ou nenhum contacto visual; aparente insensibilidade à dor; preferência pela solidão; rotação de objectos; inapropriada fixação em objectos; perceptível hiperactividade ou extrema inactividade; ausência de resposta aos métodos normais de ensino; insistência em repetição, resistência à mudança de rotina; não tem real medo do perigo (consciência de situações que envolvam perigo); procedimento com poses bizarras (fixar objecto ficando de cócoras; colocar-se de pé numa perna só; impedir a passagem por uma porta); ecolalia (repete palavras ou frases em lugar da linguagem normal); recusa colo ou afagos; age como se estivesse surdo; dificuldade em expressar necessidades - usa gesticular e apontar no lugar de palavras; acessos de raiva - demonstra extrema aflição sem razão aparente; irregular habilidade motora - pode não querer chutar uma bola, mas pode arrumar blocos.
A gravidade do autismo oscila bastante, porque as causas, não sendo as mesmas, podem produzir significativas diferenças individuais no quadro clínico. Desta forma, o tratamento e o prognóstico variam de caso a caso.
É fundamental o investimento no SER HUMANO com autismo, toda a intervenção produzirá benefícios significativos e duradouros.
Nunca deixe de acreditar no potencial do indivíduo com autismo.
1 comentários:
Mesmo perfeito!!
Adorei!!!
Obrigada por seguires meu blog!
:$
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